O barco

A tripulação do O Estrela Polar consegue estabelecer comunicação e o Comandante Hopkins fala com eles para pedir ajuda. Eles vão aterrar perto do navio dentro de algumas horas e precisam de ser resgatados. Um ciclone vai passar pelas mesmas coordenadas na altura do salvamento e eles têm de fugir.

Navegam em direcção a um enorme banco de algas e, ao passarem por ele, perdem o fôlego e ficam encalhados. Rapidamente, as algas começam a reproduzir-se de forma descontrolada por todo o navio e começam a afundá-lo a toda a velocidade.

Um jet ski aparece à deriva com o nome "Queen America". Para celebrar, o capitão decide organizar um jantar de gala nessa noite e até aproveita a situação para convidar Julia para jantar no seu camarote.

Algo está a entupir todos os canos e ralos da Estrela Polar. Quando desmontam para ver o que está a entupir os canos, encontram uma espécie de pequenas bolas acinzentadas. Salomé pensa que é sujidade, mas Burbuja rapidamente reconhece que são crisálidas que não correspondem a nenhuma das espécies dos seus livros.

Valéria vê como Leonor comunica com o mundo exterior através de um telefone. Para a menina, é claro que os recém-chegados estão a esconder algo e ela não é a única, Ulisses também começa a suspeitar deles. O capitão tenta convencer Júlia de que não dormiu com Leonor mas as suas explicações parecem piorar ainda mais a situação.

Mais uma vez, o mar parece ter tomado o leme do navio. Em breve verá uma enorme queda de água, como se o mar se tivesse dividido em duas alturas. Uma tal queda poderia literalmente partir o navio ao meio. Julia, De la Cuadra, Gamboa e o capitão tentam decifrar as indicações dadas pelo piloto na caixa negra do avião.

"O Estrela Polar" vai saltar a cascata. O capitão incentiva a tripulação a dizer tudo o que quiserem antes de saltarem. Piti interroga Vilma sobre o pai do bebé. Burbuja está convencido de que ele é a pessoa mais dispensável do navio.

Embora Gamboa esteja se recuperando favoravelmente, Ulises está muito afetado pelo que aconteceu. Ele precisa de espaço e só há um lugar onde ele pode ficar sozinho: o mar. Eles decidem realizar uma feira nele e Piti descobre um antigo filme de 1940.

Todos os aparelhos eletrônicos do barco começaram a funcionar de repente, no meio da noite e sem motivo aparente. É como se tivessem colidido com uma torre de alta tensão e vários controles eletrônicos foram danificados pelas flutuações de voltagem, deixando-os em uma situação bastante precária.

Julia realiza todo tipo de testes em Manolito. Os resultados são claros: faz menos de 12 horas que ele esteve em terra firme. Isso significa que, assim que a normalidade magnética for restabelecida, ele será capaz de encontrar o caminho de volta e eles poderão segui-lo até encontrar terra. Apenas há um problema: Manolito está doente e pode não sobreviver tempo suficiente.

Os tripulantes do navio se deparam com um companheiro de viagem inesperado: um passageiro clandestino que descobrem escondido no barco. Ulises descobre que alguém manipulou os cabos da sala de máquinas, ligando-os a cartuchos de dinamite. Poucos minutos depois, De la Cuadra constata que também sabotaram a cabine de comando.

O capitão não pode acreditar no que vê diante de seus olhos: há um navio idêntico ao Estrela Polar à sua frente. É muito estranho que o primeiro navio de grande porte que encontram após o cataclismo seja exatamente igual ao deles. Ainda mais suspeito é que ele também tenha um nome de estrela, não pode ser uma coincidência.

Enquanto os dançarinos do navio se preparam para sua estreia musical, eles permanecem alheios ao que aconteceu horas antes no convés. Alguém atacou Sol, a aluna responsável pela ronda noturna, e sequestrou De la Cuadra. São vários mergulhadores que chegaram até o navio aproveitando a escuridão da noite e agora estão fugindo em alta velocidade em suas lanchas motorizadas.

Os tripulantes farão de tudo para que Valeria possa ter o Natal dos sonhos de qualquer criança, e se esforçarão para que ela receba os presentes que pediu em sua carta, mesmo que isso signifique fabricá-los com as próprias mãos. Todos se empenham em preparar a apresentação de Natal: recortam, pintam, costuram, fazendo tudo o que for necessário para recriar um presépio vivo.