O olhar que vem de dentro

Maria Carla, 11 anos, mora em Recife e faz parte da Jurema Sagrada, religião de origem indígena do Nordeste do Brasil, que recebe influência das matrizes africanas e do catolicismo popular. Por participar de uma religião pouco conhecida, Maria Carla sofre intolerância religiosa dos seus colegas da escola. Maria Carla e sua família mantém viva a tradição e a cultura de seus antepassados.

"Eu sou de Xangô, Ogum e Oxum", assim se define Thalisson Luiz, do Nagô de Pernambuco. Thalisson faz parte de uma religião de matriz africana, isso o coloca na linha de frente de preconceitos relacionados a sua religião, tendo que deixar duas escolas por sofrer bullying e agressão física. Thalisson mostra a diversidade, a crença e a história dos Orixás.

Leticia Carvalho é mórmon e faz parte da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Leticia tem 9 anos e conta sobre a origem de sua religião e enfatiza a importância do livro dos mórmons como um pilar para a religião, o episódio mostra o cotidiano de Leticia e sua família e as tradições mórmons.

João Pedro, 11 anos, faz parte do Budismo Kadampa, fundada pelo grande Mestre Budista indiano Atisha (982-1054). João se tornou budista por escolha própria e não por influência dos pais. João Pedro é devoto da Buda Tara Verde, Buda feminino que manifesta a sabedoria suprema e é conhecida por ser a Mãe Sagrada, protetora dos perigos imediatos e importante durante o crescimento espiritual.

Melissa tem 10 anos, é judia e mora em São Paulo. Neta de refugiados da segunda guerra mundial, ela conta a história da chegada de seus avôs no Brasil trazendo as tradições judaicas. A pequena judia e sua mãe mostram os costumes de sua família em relação a alimentação, educação e rituais envolvendo a fé.

Na Comunidade Fortaleza, no município de Capixaba/Acre, mora João Noé de 12 anos que ama e zela pela floresta. João é praticante do Santo Daime, uma doutrina cristã com influência indígena, católica e africana, recebida e edificada pelo Mestre Raimundo Irineu Serra. O episódio mostra ainda o bailado, a farda e os hinos cantados durante o trabalho espiritual.

A Arca é uma religião que adora vários deuses e faz uso da Ayahuasca. Maria Luz mora em Cabo Frio e faz parte da Arca junto com sua família.

Kathellyn e sua família fazem parte do Candomblé. Kathellyn mostra todos os Orixás, apresenta o barracão que frequenta no Rio de Janeiro, e os costumes e rituais da sua religião. O Candomblé é um dos principais alvos de preconceito no país e Kathelyn e sua irmã já foram alvo de agressões na rua. Filha de Ogum, ela e seus familiares lutam pelo fim da intolerância religiosa no Estado.

Haridas é praticante da tradição do hinduísmo Vaishnava (Hare Krishna), mora no interior de São Paulo (em Pinhamonhangaba) no Nova Gokula. A tradição Vaishnava começou há mais de 5 mil anos e prega respeito aos seres vivos e não apego a bens materiais. Haridas e sua família contam os ensinamentos do Hare Krishna e mostram seus rituais e costumes que passam de geração para geração.

Yara é mulçumana, uma praticante do Islamismo, ela e sua família vieram para o Brasil, refugiados da guerra na Síria. Yara apresenta seu cotidiano em São Paulo e como mantém as tradições islâmicas nesse novo contexto de vida.

O ballet é a vida da Caline Teodoro, bailarina desde criança ela e sua mãe administram uma escola de ballet em Rio Branco, Acre. Caline é evangélica e frequenta à Casa da Benção - Igreja da Família. Através da dança ela reforça sua fé em Deus. A bailarina compartilha seus sonhos nesse episódio e apresenta sua rotina e de sua família.

Davih e sua família são católicos, seu pai é diácono e ele coroinha. Davih frequenta com sua família uma comunidade católica no bairro Cidade do Povo, em Rio Branco/AC. No episódio é exibido o ritual da Semana Santa, tradição da religiosa católica que celebra a Paixão, a Morte e a ressurreição de Jesus Cristo.

Buni Huni Kuni tem 8 anos, é do povo indígena Huni Kuin, veio da floresta para morar na cidade de Rio Branco/AC para estudar. Ela faz parte do Centro Huwã Karu Yuxibu criado para estimular o fortalecimento da cultura Huni Kuin na cidade. Buni relata o sentimento de tristeza por estarem destruindo a floresta e narra as diferenças de sua vida na cidade e em sua comunidade indígena.